Ter de ficar na rua devido a um problema no carro nunca é legal, principalmente na hora de pegar estrada. Carros que estão aparentemente perfeitos podem dar muita dor de cabeça e, para não ficar parado ao invés de curtir as férias, é necessário cuidar da manutenção de seu veículo.
Em um levantamento feito por uma consultoria no Brasil, alguns itens simples, que com uma manutenção básica permanecem perfeitos, são responsáveis por mais de 90% das ocorrências de sinistro. Entre os problemas mais frequentes quem lidera de forma disparada é o sistema elétrico do veículo, com destaque para a falta de carga na bateria. É muito comum tentar ligar o carro e ela estar "arriada". Isso pode ocorrer devido a diversos motivos, já que não é somente o motor que consome a bateria do carro. "É necessário fazer verificações periódicas a cada 3 meses na bateria para saber se está plenamente carregada", explicou o engenheiro de aplicação das Baterias Heliar, Marcos Randazzo. "É também importante evitar escutar som por longos períodos com o motor desligado, deixar o carro muito tempo parado na garagem com alarmes e rastreadores ligados e andar pouco com o veículo", afirmou.
Caso você não esteja confiante na bateria de seu carro, a recomendação é levar o veículo a uma auto-elétrica e conferir o item, mas é possível também fazer uma verificação caseira. "Com um voltímetro, podemos somente conferir o estado de carga da bateria", disse Randazzo. "E deve ser medido com a bateria fria de preferência e depois que o automóvel ficou mais de 12 horas com o motor desligado. Medindo a tensão, popularmente conhecida como "voltagem", o instrumento deve indicar um valor mínimo de 12,3 V, o que significa que ainda tem carga para realizar uma partida.", completou o especialista.
Randazzo dá ainda dicas caso o problema aconteça e você não tenha seguro ou não consiga chamá-lo. "Para realizar a partida auxiliar, conhecida como "chupeta", deve-se tomar alguns cuidados durante o procedimento", explicou. "Cuidados como não ligar cabo positivo com cabo negativo da mesma bateria podendo causar um curto-circuito, não utilizar cabos finos, tomar cuidado para não encostar os cabos positivos na lataria do carro e, após ligar uma bateria na outra, aguardar 5 min até que a bateria carregada transfira um pouco de carga para a outra bateria descarregada." afirmou.
Esquecidos
Ainda segundo o levantamento, dois dos problemas mais frequentes poderiam ser evitados com um pouco mais de atenção dos condutores. Juntos, a pane seca e chave esquecida no interior do veículo são responsáveis por aproximadamente 7,5% das ocorrências.
Muitos dos problemas de pane seca são causados por motoristas que insistem em dirigir com o tanque na reserva. Muitos dos modelos, principalmente os mais novos, avisam com bastante antecedência que, em breve, será necessário parar para reabastecimento (como por exemplo, o Ford Focus 1.6 avaliado recentemente peloiCarros, que ligava o sinal de alerta conseguindo ainda andar 75km segundo o computador de bordo). Entretanto, é bom lembrar que o consumo de um veículo é bastante variável, principalmente na cidade, onde as acelerações e paradas se tornam rotineiras. Serve como incentivo para ficar de olho no reabastecimento que, além da dor de cabeça de ficar parado sem combustível, ter pane seca pode acarretar uma multa de R$ 85 além de quatro pontos na carteira nacional de habilitação.
Já esquecer a chave dentro do veículo não há muitas soluções que podem ser tomadas pelo condutor além de ter atenção na hora de trancar o carro. O problema pode ser resolvido por qualquer chaveiro, mas gera um incômodo. Pensando nisso, algumas montadoras estão lançando carros que não necessitam de chave para sua abertura. É o caso do novo Ford Fusion que vem com um sistema que permite abrir a porta introduzindo uma senha em um teclado numérico próximo à maçaneta do motorista. O item também equipa outros modelos da Ford, como o Edge.
Dificuldade
Já os pneus são um caso à parte. Ter o item furado e ter de parar (e se sujar) para trocá-lo é algo que todo motorista irá passar pelo menos uma vez na vida. Difícil encontrar algum condutor, mesmo os que guiam há pouco tempo, que não tenha passado por esta situação. O fato apresentado no levantamento, no entanto, não remete a pneus furados, mas sim ao estepe. O seguro acaba tendo de ser acionado por que na hora de trocar o pneu, o estepe está murcho, ou pior ainda, furado.
"Em alguns veículos, medir a pressão do estepe não é tão simples como nos pneus que estão rodando devido à posição do pneu auxiliar, especialmente os que ficam localizados sob o veículo, onde normalmente acumula muita sujeira, além da dificuldade natural de retirar as travas de segurança e do esforço físico necessário para realizar esta tarefa. Concluímos que a maioria dos proprietários simplesmente desiste desta verificação", explicou o gerente de marketing de produto da Michelin Brasil, Flávio Santana. Ele recomenda que o estepe seja sempre verificado junto aos outros pneus."É indispensável corrigir as pressões dos pneus a cada 15 dias", afirmou Santana."Uma solução paliativa para prolongar o tempo entre uma verificação e outra é colocar no estepe uma pressão maior que a recomendada, normalmente de 5 psi a mais", completou.
Além disso, Santana dá outras recomendações para que não só o estepe tenha uma vida prolongada. "O rodízio dos pneus é outro fator que aumenta a durabilidade e mantém o veículo mais equilibrado", disse. "Temos de lembrar também que os pneus são feitos de borracha e que ela sofre reações químicas quando em contato com derivados de petróleo, por isso, não devemos utilizar produtos como óleo queimado, óleo diesel, querosene ou outro qualquer para a limpeza dos pneus", finalizou. É importante também sempre verificar a banda de rodagem e conferir se os não estão desgastadas.
> Quer vender seu carro? Anuncie aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário